

RoboCop 2 (bra/prt: RoboCop 2) é um filme estadunidense de 1990 dos gêneros de ação, ficção científica e cyberpunk, dirigido por Irvin Kershner. Sendo a sequência do aclamado RoboCop (1987), o filme é notório por sua produção conturbada, um tom significativamente mais sombrio e cínico, e um roteiro original controverso da lenda dos quadrinhos Frank Miller.
Apesar de uma recepção crítica amplamente dividida no lançamento, que criticou seu enredo complexo e violência extrema, RoboCop 2 foi um sucesso financeiro moderado e, ao longo dos anos, desenvolveu um status de clássico cult, sendo reavaliado por sua sátira social cáustica e seus efeitos especiais inovadores, especialmente o trabalho de stop motion de Phil Tippett.
Um ano após os eventos do primeiro filme, a cidade de Detroit está à beira da falência, endividada com a megacorporação Omni Consumer Products (OCP). A OCP, aproveitando-se da situação, força um estado de anarquia ao cortar os salários da força policial, provocando uma greve massiva e deixando a cidade à mercê do crime. O objetivo da OCP é forçar a prefeitura a ceder o controle total, permitindo a demolição da Velha Detroit para a construção da utópica Delta City.
Em meio ao caos, uma nova e altamente viciante droga de design chamada “Nuke” inunda as ruas. O cartel é liderado por Cain, um líder de culto carismático e messiânico que opera com a ajuda de sua namorada Angie e do jovem e violento Hob. O RoboCop (Alex Murphy) e sua parceira Anne Lewis lideram a resistência contra o cartel de Cain, mas Murphy é atormentado por fragmentos de sua vida passada, chegando a vigiar sua antiga casa e esposa.
Enquanto isso, a OCP acelera o desenvolvimento do projeto “RoboCop 2”, visando criar um sucessor mais avançado e controlável. A Dra. Juliette Faxx, uma psicóloga corporativa antiética, assume o controle do projeto. Após uma série de fracassos desastrosos com policiais falecidos, Faxx teoriza que a forte moralidade dos oficiais de polícia é incompatível com a programação. Ela sugere usar criminosos violentos com desejo de poder e imortalidade, que seriam mais fáceis de manipular.
Durante um confronto brutal, RoboCop é emboscado pelo cartel de Cain. Seu corpo é desmembrado e as peças são despejadas em frente à sua delegacia. A OCP o reconstrói, mas, sob a influência de Faxx e um comitê de executivos, sua mente é sobrecarregada com centenas de diretivas contraditórias, tornando-o ineficaz e absurdamente politicamente correto. RoboCop, percebendo a manipulação, reinicia seu sistema ao eletrocutar-se, apagando todas as diretivas da OCP e restaurando sua personalidade original baseada em Alex Murphy.
Determinado a parar Cain, RoboCop confronta o cartel em uma usina abandonada. Com o apoio de uma força policial relutante, ele consegue ferir gravemente Cain e eliminar a maior parte de sua gangue, incluindo Angie e Hob. Vendo uma oportunidade, a Dra. Faxx seleciona o moribundo Cain como seu candidato para o projeto RoboCop 2. Ela desliga seu suporte de vida e transfere seu cérebro para um chassi cibernético monstruoso e pesadamente armado, mantendo sua dependência do Nuke como uma ferramenta de controle.
Durante a cerimônia de inauguração de Delta City, o “Velho”, CEO da OCP, apresenta o RoboCop 2 (apelidado de “RoboCain”). No entanto, ao ver um recipiente de Nuke, a consciência de Cain assume o controle. A máquina enlouquece e ataca brutalmente a plateia. Incapaz de competir com a força bruta do monstro, o RoboCop original o engana, apresentando o frasco de Nuke. Enquanto RoboCain se distrai com a droga, RoboCop salta em suas costas, perfura seu casco e arranca o cérebro de Cain, esmagando-o no asfalto e finalmente destruindo a criatura.
Lewis e os executivos da OCP suspiram aliviados, mas Johnson, um dos executivos, já planeja como culpar a Dra. Faxx pelo desastre para evitar a queda das ações da OCP. Ao ouvir isso, Lewis comenta amargamente que RoboCop terá que se contentar, pois ele é “apenas humano”.