

Cleópatra (bra/prt: Cleópatra) é um filme estadunidense de 1963, dos gêneros épico e drama histórico, que narra a luta de Cleópatra, a jovem Rainha do Egito, para resistir às ambições imperiais de Roma.
O filme, dirigido por Joseph L. Mankiewicz, com roteiro adaptado por Mankiewicz, Ranald MacDougall e Sidney Buchman do livro Vida e Época de Cleópatra de Carlo Maria Franzero, e histórias de Plutarco, Suetónio e Apiano, é estrelado por Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Roddy McDowall e Martin Landau.
Cleópatra alcançou notoriedade durante sua produção devido a seus enormes custos operacionais e problemas na produção, que incluíram mudanças de diretor e de elenco, uma mudança no local das filmagens, cenários que precisaram ser construídos duas vezes, falta de um roteiro firme, e escândalos pessoais envolvendo as estrelas Elizabeth Taylor e Richard Burton. Além disso, à época, a produção tornou-se o filme mais caro já feito, e quase levou a 20th Century Fox à falência.
Apesar de tornar-se a maior bilheteria de 1963, arrecadando US$ 57,7 milhões nos Estados Unidos (equivalente a US$ 461 milhões em 2017), o filme perdeu dinheiro devido a seus custos de produção e marketing, no valor de US$ 44 milhões (equivalente a US$ 352 milhões em 2017), tornando-se assim o único filme de maior bilheteria do ano a ter criado prejuízo.[5] Posteriormente, Cleópatra ganhou quatro Oscars, e foi indicado a mais cinco, incluindo Melhor Filme (mas perdeu para Tom Jones).
Depois da Batalha de Farsalos, em 48 a.C., Júlio César (Rex Harrison) vai ao Egito, sob o pretexto de ter sido nomeado o executor do testamento do pai do jovem Faraó Ptolomeu XIII (Richard O’Sullivan) e de sua irmã Cleópatra (Elizabeth Taylor).
Cleópatra convence César a restaurar seu trono e de seu irmão mais novo. César, no controle efetivo do reino, sentencia Potino (Grégoire Aslan) à morte, por ter organizado uma tentativa de assassinato contra Cleópatra, e expulsa Ptolomeu para o deserto oriental, onde ele e seu exército, em menor número, enfrentariam morte certa contra Mitrídates. Cleópatra é coroada Rainha do Egito, e começa a desenvolver sonhos megalomaníacos de dominar o mundo com César, que por sua vez deseja tornar-se rei de Roma. Eles se casam, e quando seu filho Cesarião nasce, César o aceita publicamente, o que se torna o burburinho de Roma e do Senado.
Após de ser eleito ditador vitalício, César manda chamar Cleópatra. Ela chega em Roma em uma procissão luxuosa e ganha a adulação do povo romano. O Senado torna-se vez mais descontente em meio a rumores de que César deseja ser eleito rei, o que é um anátema para os romanos. No Idos de março, em 44 a.C., um grupo de conspiradores assassinam César e fogem da cidade, iniciando uma rebelião.
Uma aliança entre Otávio, filho adotivo de César, Marco Antônio, braço direito e general de César, e Marco Emílio Lépido, reprimiu a rebelião, e eles dividiram a república entre si. Cleópatra enraiveça-se quando descobre que o testamento de César reconhece Otávio, e não Cesarião, como seu herdeiro oficial, e regressa furiosa ao Egito.
Enquanto planeja uma campanha contra Pártia, no leste, Antônio percebe que precisa de dinheiro e suprimentos, e não conseguirá o suficiente em lugar algum além do Egito. Depois de recusar várias vezes em deixar o Egito, Cleópatra cede e o encontra em Tarso. Os dois dão início a um romance, com Cleópatra assegurando a Antônio que ele é muito mais do que um pálido reflexo de César.
A remoção de Lépido, feita por Otávio, obriga Antônio a retornar a Roma, onde ele se casa com Octávia, irmã de Otávio, para evitar conflitos, gerando grande descontentamento e a indignação de Cleópatra. Antônio e Cleópatra se reconciliam e se casam, com Antônio se divorciando de Octávia. Otávio, indignado, lê o testamento de Antônio para o senado romano, revelando que este deseja ser enterrado no Egito. Roma se volta contra Antônio, e o clamor de Otávio por guerra contra o Egito recebe uma resposta arrebatadora da população.
A guerra é decidida na naval Batalha de Áccio, em 2 de setembro de 31 a.C., onde a frota de Otávio sob o comando de Agripa, derrota a frota egípcia de Antônio. Cleópatra presume que Antônio está morto e ordena as forças egípcias retornem para casa. Antônio os segue, deixando sua frota sem liderança e logo derrotada.
Vários meses depois, Cleópatra consegue convencer Antônio a retomar o comando de suas tropas e combater o avanço do exército de Otávio. No entanto, os soldados de Antônio o abandonam no meio da noite; Rúfio (Martin Landau), o último homem leal a Antônio, se mata. Antônio tenta incitar Otávio a um combate apenas entre os dois, mas por fim é forçado a fugir para a cidade.
Quando Antônio retorna ao palácio, Apolodoro, não acreditando que Antônio é digno de sua Rainha, convence-o de que ela está morta, ao que Antônio cai sobre sua própria espada. Apolodoro então confessa que ele enganou Antônio, e o ajuda a chegar ao túmulo onde Cleópatra e duas servas se refugiaram. Antônio morre nos braços de Cleópatra.
Otávio e seu exército marcham para Alexandria com o cadáver de Cesarião em uma carroça. Ele descobre o cadáver de Apolodoro, que se envenenou. Otávio recebe a notícia de que Antônio está morto e de que Cleópatra está escondida em um túmulo. Lá ele dá a ela sua palavra de que permitirá que ela governe o Egito como uma província romana, em troca de ela concordar em acompanhá-lo a Roma. Cleópatra sabe que seu filho está morto e concorda com os termos de Otávio, incluindo uma promessa de não matar-se.
Depois que Otávio parte, ela ordena a suas servas, em linguagem codificada, para ajudá-la em seu suicídio. Otávio percebe que ela vai se matar, e ele e seus guardas irrompem o quarto de Cleópatra e a encontram vestida em ouro, e morta, junto de suas servas, enquanto uma áspide rasteja pelo chão.